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HR techs no Brasil: setor cresce impulsionado por transformação digital

HR techs no Brasil: setor cresce impulsionado por transformação digital

A área de recursos humanos, especialmente em grandes corporações, vem passando por transformações nos últimos anos. Esse movimento abriu espaço para novas empresas do setor, que usam a tecnologia para ajudar companhias a garantirem uma transição saudável. São as chamadas HR techs.

Essas startups produzem softwares para automatizar funções antes feitas manualmente, como promoção de vagas, recepção e seleção de candidaturas, gestão de dados de colaboradores e aprimoramento da cultura interna, entre outros.

Neste estudo, foram analisados os 55 sites de recrutamento e seleção para vagas de empregos e estágios que mais receberam visitas no Brasil em 2022.

Principais resultados:

  • O setor cresceu 12% em relação a 2021

O volume total de visitas a sites de recrutamento e seleção de vagas chegou a quase 2 bilhões no Brasil em 2022.

Desses, LinkedIn lidera com 53% de participação. Gupy e Infojobs se destacam quanto à pesquisa de marca, ou seja, já são reconhecidos no Brasil.

  • A geração Z prefere Vagas, Infojobs e Catho

Os sites de recrutamento e seleção de vagas de emprego acima tem mais aderência ao público de 18 a 24 anos. Já no perfil de 25 a 34 anos, o site da Kenoby – comprada pela Gupy em fevereiro de 2022 – é o que recebe destaque.

  • Mulheres lideram visitas a sites de buscas de empregos

No Brasil, os sites de emprego recebem mais visitas do público feminino. Catho chegou a ter 65% de aderência com essa audiência.

Desde o início da pandemia, houve um aumento notável no uso de ferramentas e softwares de recursos humanos nas empresas. O segmento de contratação foi o que mais cresceu na América Latina e no mundo.

Os Estados Unidos foram o país com a maior participação em visitas a sites do setor via desktop em 2022, com 32% do share mundial, seguido por Índia (8%), Reino Unido (6%) e Brasil (5%). O Brasil está na 4ª posição do ranking. Veja no gráfico abaixo.

O Brasil está na 4ª posição do ranking.

Analisando somente países da América Latina, México, Argentina e Chile são os próximos países do ranking.

México, Argentina e Chile são os próximos países do ranking.

No Brasil, LinkedIn, Gupy, Infojobs, Vagas e Catho são os líderes do mercado por volume de visitas, concentrando 85% da participação do setor.

Potencial de crescimento de marca no território brasileiro

O site Hora do Emprego demonstrou ser um competidor em ascensão. Apesar de receber 1% do volume de visitas, o domínio registrou o maior crescimento no último trimestre de 2022.

No Brasil, LinkedIn, Gupy, Infojobs, Vagas e Catho são os líderes do mercado por volume de visitas

Ano novo, trabalho novo?

A análise do volume de visitas dos 10 principais sites do setor nos últimos dois anos no Brasil revela que este mercado tem períodos sazonais: os picos de acessos acontecem no início do ano, entre os meses de janeiro a março. Já a partir de outubro até dezembro, o volume de visitas tem uma redução.

Análise do volume de visitas dos 10 principais sites

Força da marca

De acordo com a análise de força de marca abaixo, LinkedIn foi a mais relevante no Brasil em 2022, dentro do segmento de sites de buscas de emprego e recrutamento para vagas.

O quadro apresenta a relação entre volume de tráfego direto recebido por um site versus o volume de pesquisas do Google nas principais palavras-chave da marca em estudo.

LinkedIn foi a marca mais forte no Brasil em 2022

*Volume de pesquisa de marca = a variável é calculada pela soma mensal das pesquisas do Google para as 100 principais palavras-chave de marca relacionadas a cada empresa.

Fonte: Similarweb, 2022, Brasil. Tráfego total, tráfego direto e volume de pesquisa de marca.

Ao retirar LinkedIn da análise, Gupy e Infojobs ganham destaque tanto em relação ao volume de tráfego direto quanto ao volume de pesquisa, mostrando também suas forças de marca no mercado brasileiro.

Gupy e Infojobs ganham destaque

*Volume de pesquisa de marca = a variável é calculada pela soma mensal das pesquisas do Google para as 100 principais palavras-chave de marca relacionadas a cada empresa.

Fonte: Similarweb, 2022, Brasil. Tráfego total, tráfego direto e volume de pesquisa de marca.

Um indicativo forte da posição de destaque ocupada por LinkedIn no mercado brasileiro é que a marca conseguiu estabelecer um vínculo sólido com o público. Isso tem reflexo nas métricas de engajamento do site.

LinkedIn liderou o setor, com as métricas mais altas em visitas mensais, usuários únicos mensais, visitas por usuário único mensais, audiência deduplicada e duração da visita, tendo ainda a menor taxa de rejeição entre os 5 sites de maior tráfego em 2022. Infojobs teve o maior número de páginas por visita.

Infojobs teve o maior número de páginas por visita.

Fonte: Similarweb, Jan-dez 2022, dados de desktop e mobile web, Brasil.

Distribuição por faixa etária e afinidade das marcas

Vagas, Infojobs e Catho são as marcas que têm mais afinidade com os jovens de 18 a 24 anos.

Já no perfil de 25 a 34 anos, o software de recrutamento e seleção Kenobycomprado pela Gupy em fevereiro de 2022 – é o que recebe destaque.

Distribuição por faixa etária e afinidade das marcas

Fonte: Similarweb. Dados de desktop e mobile web. Período de análise: janeiro a dezembro de 2022.

Distribuição por gênero e afinidade das marcas

Gênero continua sendo um tema muito presente no mercado de trabalho. Há mais afinidade do público feminino com os sites de recrutamento e seleção, o que indica que mulheres estão no centro das buscas por empregos e realizações de transição de carreira, visando encontrar trabalhos mais bem remunerados e com paridade salarial com homens.

Distribuição por gênero e afinidade das marcas

Fonte: Similarweb, Jan-dez 2022, dados de desktop e mobile web, Brasil.

Ainda assim, a participação de mulheres no mercado de trabalho é 20% inferior à dos homens, como apontou uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE) em março de 2022. De acordo com o levantamento, desde 2012, a taxa de desemprego das mulheres é superior à dos homens.

O trabalho remoto veio para ficar?

De acordo com dados do Fórum Econômico Mundial (WEF), apenas 4% da população global empregada fazia parte da modalidade de teletrabalho ou trabalho remoto. Após a crise da COVID-19, esse número subiu para 28% em todo o mundo.

No Brasil, os dados da FGV apontam que o home office é uma realidade para poucos. “A modalidade a distância foi adotada por cerca de 10% dos trabalhadores do País – sendo que a concentração foi forte nas regiões mais ricas e urbanizadas, como as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.”

A COVID-19 trouxe uma nova configuração para o mercado de trabalho

  • O teletrabalho é uma tendência laboral apreciada sobretudo pelas novas gerações
  • A prática do trabalho remoto está mais presente em Fintechs, SaaS, PMEs e empresas de tecnologia
  • Há problemáticas relacionadas à exclusão de grupos com menos acesso à tecnologia. No Brasil, o contexto regional traz mais desafios para as regiões Norte e Nordeste.

Como está o interesse da população no trabalho remoto? 

Usamos a plataforma de busca para entender essa realidade em diferentes cenários e momentos.

A COVID-19 trouxe uma nova configuração para o mercado de trabalho*Worldwide (pesquisa de termos em inglês), Argentina, Chile e Peru (busca de termos em espanhol) e Brasil (busca de termos em português).

A preferência pelo modelo de trabalho remoto tem feito com que os funcionários questionem o retorno aos escritórios. Os benefícios apontados por eles são muitos: flexibilidade da rotina de trabalho, fuga de longas horas de trânsito, menores gastos com alimentação e deslocamento, menor preocupação com o código de vestimenta, entre outros.

As empresas que forçaram funcionários relutantes a voltarem para o escritório vivenciaram o processo de demissão de muitos talentos, o que ficou conhecido como “A Grande Resignação”.

América Latina: Brasil, Peru e Argentina são os países mais interessados ​​no trabalho remoto

Brasil, Peru e Argentina são os países mais interessados ​​no trabalho remoto

Com média de 195 mil buscas mensais, o Brasil destaca-se como o país que mais busca por termos relacionados ao trabalho remoto, mas apresenta queda nestas pesquisas desde abril de 2022.

Esse movimento pode estar relacionado ao retorno ao trabalho presencial por muitas empresas ou à modalidade de trabalho híbrido.

Em outros países da América Latina, o interesse permanece mais estável.

Na Argentina, o primeiro semestre de 2022 apresentou dois picos de buscas, que atingiram 21 mil e 20 mil, em março e maio, respectivamente.

No Peru, 2022 começou com altas taxas de buscas, demonstrando queda a partir de maio e retomando apenas em novembro, com o maior pico de buscas na análise, de 25 mil.

Chile demonstra maior estabilidade no volume de buscas em relação aos demais países, com média de 10 mil pesquisas.

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Os times de Insights & Comunicação da Similarweb podem extrair dados adicionais ou ainda mais atualizados a pedido de veículos de imprensa no Brasil (jornalistas podem escrever para cristiana.simon@similarweb.com).

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Dados e insights por: Vicky Almeida, Similarweb Insights Leader LATAM.

Texto por: Cristiana Simon, Similarweb Content Leader LATAM.

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